terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Pedro Homem de Mello

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pedro da Cunha Pimentel Homem de Mello (Porto, 6 de Setembro de 1904 — Porto, 5 de Março de 1984) foi um poeta, professor e folclorista português.

Nasceu no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Mello e de Maria do Pilar da Cunha Pimentel, tendo desde cedo sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai, pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.

Estudou Direito em Coimbra, acabando por se licenciar em Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional. Foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.

Pedro Homem de Mello casou com Maria Helena Pamplona e teve dois filhos, Maria Benedita, que faleceu ainda criança e Salvador Homem de Mello, já falecido, que foi casado com Maria José Barros Teixeira Coelho, de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Mello.

Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença. Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.

Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.

  • Danças De Portugal
  • Jardins Suspensos (1937)
  • Segredo (1939)
  • A Poesia Na Dança E Nos Cantares Do Povo Português (1941)
  • Pecado (1943)
  • Príncipe Perfeito (1944)
  • Bodas Vermelhas (1947)
  • Miserere (1948)
  • Os Amigos Infelizes (1952)
  • Grande. Grande Era A Cidade (1955)
  • Poemas Escolhidos (1957)
  • Ecce Homo (1974)
  • Poesias Escolhidas (1987)
  • E ninguém me conhecia, Lisboa, Campo da Comunicação, 2004 (Selec. de Poemas por Manuel Alegre e Paulo Sucena)
  • Poesias Escolhidas, Lisboa, Asa, 2004 (selec. e pref. de Vasco da Graça Moura)
  • Eu, Poeta e tu, cidade, Quasi Edições, 2007

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

na Wikipédia

Povo que lavas no rio
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Povo que lavas no rio é uma canção portuguesa, com letra do poeta Pedro Homem de Mello, interpretada originalmente por Amália Rodrigues no gênero fado.

Depois da proibição do Fado de Peniche na rádio por ser considerado, pelo regime ditatorial em vigor na época, um hino aos presos de Peniche, após a gravação e o lançamento nas rádios, Povo que lavas no rio ganhou dimensão política.

A letra de Pedro Homem de Mello, poeta português de excelência, com alguns poemas imortalizados por Amália Rodrigues, retratava a difícil condição da população do Portugal salazarista, que não representava mais que uma província rural na ponta da industrialização europeia.

Interpretado como sendo um fado, tornou-se no ex-libris do fado, em Portugal, e a música que mais reconhece a intérprete original. Com o avançar dos tempos, e ainda antes do falecimento de Amália, surgem novas versões como a de António Variações e depois a de Dulce Pontes. Em 2004, a canção integra o alinhamento do DVD Live in London de Mariza, que alcança a platina em Portugal.

Já em 2007, integra a banda sonora do início da novela Duas Caras, da TV Globo, tema de Sérgio Viotti, cujo personagem se suicidou ao som desta música.


Outros intérpretes


* António Variações
* Cidália Moreira
* Dulce Pontes
* Mariza
* Mafalda Arnauth
* José Cid
* José Perdigão

A Canção

Povo Que Lavas No Rio
Amália Rodrigues
Composição: Pedro Homem de Mello (Águeda)

Povo que lavas no rio
Que talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão.
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.

Fui ter à mesa redonda
Bebi em malga que me esconde
Um beijo de mão em mão.
Era o vinho que me deste
Água pura, fruto agreste
Mas a tua vida não.

Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição.
Povo, povo, eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida não.

Povo que lavas no rio
Que talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão.
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ainda outra versão!



"Povo que lavas no Rio" pela Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico

Outra Versão!

de António Variações - Povo que lavas no rio (1983)


Vídeo "Povo que Lavas no Rio "